Sonhos - Plêiades

Por algum motivo tenho noites profundamentes criativas. Essa semana tive um sonho maluco e acho que ele daria um excelente conto. Porém ando sem tempo ( e saco...) para parar e escrever algo grande e estruturado. Mas independente disso, não quero perder a idéia, então "bora" colocar isso em algum lugar antes que as idéias se percam no liquidificador que é o meu cérebro.

Vamulá?

Plêiades

Milena, Carla e sua mãe estavam em casa em um final de tarde de domingo. O tempo estava fechado e pesado, o que indicava que uma grande tempestade estava chegando. Carla levantou as sobrancelhas resmungando quando sua mãe pediu para ela desligar a televisão devido aos trovões intensos que quase estouravam seus tímpanos. Enquanto levantava para tirar a TV da tomada, tomou um susto (e um choque), quando um raio caiu bem ao lado da casa. Agora sim, estavam com medo. Colocaram os cachorros para dentro, desligaram tudo e ficaram na sala, olhando pela janela de vidro antiga as grossas gotas de chuva que caíam sem parar.

Carla que além de mimada era teimosa, insistia em abrir a janela para "ver" de perto a chuva. Mas voltou atrás quando começou a ouvir o barulho do vento e as janelas serem atingidas por pesadas pedras de granizo.
A chuva continuou intensamente por mais 30 minutos e a rua da casa já estava um rio com correnteza. Foi quando ouviu um grito de sua mãe ao ver que água começou a invadir a casa. Tentaram de todas as formas controlar a água, mas em poucos minutos essa já atingia os joelhos. Resolveram sair de casa, colocaram dentro de uma bolsa, algumas roupas, comidas e outras coisas importantes e entraram na caminhonete da família. Saíram pela rua alagada, enquanto outras família faziam o mesmo e algumas olhavam assustadas pela janela dos prédios, enquanto a água tomava conta de tudo.

Subiram para a área mais alta da cidade e lá ficaram por alguns minutos. Milena segurava Carla que chorava assustada enquanto os cachorros latiam. De repente olharam para cima e viram o céu ainda mais negro. Mas não era uma nuvem. E sem explicação a chuva parou e uma sensação de flutuação e calma tomou conta de todas.

Quando perceberam, estavam em um tipo de ginásio, com outras várias famílias, alguns em seus carros, olhando confusos uns para os outros. Afinal, onde estavam? E a chuva, porque tinha acabado?

Depois de algumas horas parados e após tentarem achar uma explicação para a sua localização, uma pequena portinha se abriu do lado direito do local e de lá, um ser de mais ou menos três metros de altura, comprido, magro e de feições calmas e delicadas apareceu. Não conseguiam identificar se era homem ou mulher, mas seu corpo era de um rosáceo translúcido, sem cabelos, com olhos pequenos e  pupilas violetas. Assim que entrou no "ginásio", todos os animais que lá estava sentaram-se em respeito. E então uma voz baixa e calma falou:
- Fiquem tranquilos! Nós estamos aqui para protegê-los. O planeta de vocês sofreu um grande desastre natural. Está tudo bem. Vamos os levar para o nosso planeta, na Constelação de Touro, uma das sete irmãs das Plêiades.
De uma forma estranha, todos imediatamente pararam de falar, ouvindo a voz daquele ser e acreditando em cada palavra que ele dizia. Uma calma tomou conta de todos.

Alguns minutos depois, o "estádio" se abriu e todos viram uma grande área verde. Era maior do que qualquer parque que qualquer uma daquelas pessoas já tinha visto. Veículos ovalados passavam de cima a baixo, levando os seres compridos. Ao leste, pequenas construções espalhavam-se, em pequenos retângulos.

Com o tempo, os pleiadeanos explicaram que o planeta Terra tinha passado por enchentes, tornados e terremotos e que eles buscaram salvar a maior quantidade possível de humanos, buscando principalmente, famílias baseadas em amor e cuidados com os animais.
Naquela parte de seu planeta, que tinha o tamanho de Jupiter, eles separaram uma grande área para essas quase 500 mil famílias se instalarem e então buscar uma nova vida, até a Terra voltar ao normal. Disseram que em 10 anos ela estaria recuperada e que quem quisesse podia voltar.

Milena e Carla correram para um dos "retângulos". A área era "quase" um lar. Consistia em uma área de aproximadamente 5 metros de largura por 2 de comprimento. Lá dentro camas, um tubo que posteriormente perceberiam ser um banheiro e uma pequena mesa. Em cima dessa mesa, um aparelho ovalado, que depois, todos descobriram tratar-se de um sintetizador de alimentos.

Os anos se passaram, o relacionamento dos humanos e dos pleiadeanos era pacífico. Eles ajudavam as famílias, as crianças que nasciam, cuidavam das doenças e ensinavam novas tecnologias.
Os dias eram longos, de 36 horas, e as noites eram bonitas com várias luas. Aparentemente estava tudo bem, mas alguns humanos ainda queriam voltar. Carla era uma delas. Uma manhã, Carla, que agora tinha 18 anos, acordou e ultrapassou os limites permitidos pelos pleiadeanos. Nesse dia, ela descobriu o que os pleiadenos realmente eram, e porque NINGUÉM voltaria para a Terra.

1 Response to "Sonhos - Plêiades"

Michelle Borges disse...

Muito bom!
Fiquei curiosa...